terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Roupa nova, vida nova?

Amanhã tem virada de ano, e todos nós já estamos preparadíssimos para ouvir e proferir os clichês mais clichezentos do universo, tão característicos desta época do ano. 

"Ano novo, vida nova!"

Tudo novo! A gente estende e tenta encaixá-lo em todos os âmbitos: cabelo novo, amor novo, louça nova, calcinha nova, roupa nova... Roupa nova! 
Mas qual a origem desta regra, que diz que é indispensável comprar uma roupa nova para passar bem a virada de ano, e que é preciso usar uma calcinha ou cueca com uma cor que signifique um desejo para o ano seguinte? Superstição? Tradição? Falta de reflexão? Tudo ao mesmo tempo? É claro que cada país tem sua cultura, mas acho que, na maioria das vezes, o costume de comprar uma roupa nova vem dos pais, seja por motivos religiosos ou não. Ao menos foi o que aconteceu comigo, até certa idade: roupa nova para o Natal e para o Ano-novo, porque sim. Depois veio a adolescência, e eu me lembro do dia em que resolvi usar o meu vestido preto favorito, no Réveillon. Era um vestido velho, mas muito confortável e eu não tinha como intenção, ainda, quebrar paradigmas ou desconstruir conceitos, eu só queria me sentir confortável, bonita e jovem. Era virada de 2000 pra 2001, minha mãe (maravilhosa) surtou, é claro, disse que eu não teria um ano bom, se eu passasse de preto, que isso não era certo. Entretanto, tive um ótimo ano, a não ser pelas complicações inerentes à minha mente adolescente e por ter ficado de recuperação, pela primeira vez. Culpa do vestido preto e velho? Hahaha Claro que não! Culpa minha, porque eu ficava assistindo clipe a tarde inteira e deixava pra estudar na última hora. 
Saiu ano, entrou ano, em alguns momentos usei roupa velha, de novo, outras vezes cedi à superstição, usei calcinha rosa, usei a mesma calça 3 anos seguidos. Há algumas semanas, comecei a notar os anúncios nas lojas virtuais, nas vitrines dos shoppings, na tentativa de fazer você acreditar que, se você passar a virada de roupa nova, seu ano será melhor. Já me rendi a esta estratégia algumas vezes também. 
Estejamos atentos!
Roupa nova, calcinha nova (preparem-se pra mais um clichê), nada disso vai renovar sua vida, se você não renovar sua mente, sua percepção, seus conceitos. Touché!
E já decidi que roupa vou usar no dia 31: blusa preta (minha mãe não liga mais pra essas coisas e usa o mesmo vestido desde 2009, se eu usar preto, tudo bem), saia rosa, um sapato qualquer. Tudo velho! Significado? Nenhum, só gosto. Quanto à calcinha, havia comprado umas novas e separei uma branca para a noite de amanhã. Muita paz! Porém, me invade a mente mais uma frase clichê, mas que faz muito sentido (você achou que estaria livre dele por agora, não é?), e que diz "a paz é a gente que faz". 
E se eu passar a virada sem calcinha? Perereca arejada o ano inteiro. Será? Uhuuul!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Reformulação

Avisto novos rumos no trabalho como técnica em laboratório de vestuário. Sou muito grata por ter encontrado um cargo na área pública, que tem atribuições mais próximas àquilo que vi na faculdade. Aproveito esta nova fase para reformular, a partir de agora, minha profissão e lanço-me como consultora em referências e ciências do efêmero. Tcharam!! Muitas pessoas já me disseram que seria interessante eu trabalhar como consultora de moda, de estilo, personal stylist, mas eu não quero ser exatamente nenhuma das anteriormente citadas, portanto, criei esta nova definição para ajudar pessoas que estiverem interessadas a se vestirem de acordo com o próprio estilo, sem necessariamente seguir tendências e afins. Achou interessante? Fale comigo! <3