terça-feira, 30 de setembro de 2014

Referências: domingo ela não vai

Eu já quis ser muitas coisas na vida. Já quis ser dentista, ginasta, dançarina, desenhista, cantora, astronauta, stripper, decoradora de banheiros, professora, dona de casa, estilista, freira, homem. E o que sou hoje? Tudo isso, menos freira, e ginasta também, porque aí seria querer muito, não é verdade? hahaha A verdade é que eu tive muitas influências/referências e sempre fui muito influenciável, tanto de forma negativa quanto positiva, e todas as minhas possíveis escolhas de vida tinham a ver com algum filme que eu vi, alguma música, alguém que eu admirava. Legal! Vamos ao que interessa! Já ouviram a frase que diz que "nada se cria, tudo se copia, né? Eu a escutava muito quando fazia faculdade de moda, porque era muito difícil criar algo totalmente novo. Lembro-me de ter feito um desenho aos 12 anos, que eu achava que era totalmente inédito, e anos depois vi uma produção quase idêntica num desfile da Versace. Doidice! 
Mamãe foi a minha primeira referência suprema no quesito vestimenta. Eu desejei e pedi que ela guardasse tudo (roupas, sapatos e afins) pra mim, inclusive o vestido de noiva, pra eu usar quando crescesse. Ela guardou uma calça. Uma calça! Haha E desde então, a maioria das roupas que eu compro, têm algo a ver com as roupas que minha mãe usava, e, claro, com as que minha prima Kelly usava enquanto morou lá em casa com a gente. Linda!! Mais que uma prima! Não posso me esquecer da Xuxa, claro, rainha da minha infância, e todas as outras que vieram ao longo da minha vida. Sem dúvida, todas essas referências e a minha jornada de autoconhecimento contribuíram para a construção do meu estilo, e para a consequente aceitação e libertação das minhas particularidades.
Estilo! Um conjunto de referências expressando unicidade! Poder usar o que você quiser, independente de estar em voga ou não. Você não PRECISA comprar uma peça florida, uma calça flare, uma peça que tenha a ver com a tendência "boho" ou "gipsy" só porque o mundo inteiro está usando. Você não precisa esperar a estação chegar, a tendência eclodir, a loja lançar pra poder usar aquilo que te agrada, que te faz tão você.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Mission Failed


Bom, já faz 2 anos e algo que eu me propus a não comprar mais roupas, acessórios e afins, a fim de otimizar o uso das peças que já possuo. Eis que, se não me engano, 4 meses depois da oficialização do propósito, eu me rendi aos encantos de um cachecol, depois de um par de botas, e assim fui me perdendo e me corrompendo novamente, Acabei sendo seduzida por produtos que eram a "minha cara", e entre sucessivas TPMs de lascar fui me aliviando como podia, comprando. É claro que algumas aquisições não foram total fruto de compulsão, algumas realmente foram adquiridas para suprir uma necessidade ou substituir outro item velho, rasgado, estragado ou muito "chulezento".
Porém, reconheço que fracassei, me senti como num jogo (tipo GTA), quando você se empenha em cumprir uma missão, mas algo dá errado, você vacila, e perde. Portanto, venho por meio deste registro de fracasso, dizer que pretendo me empenhar novamente a cumprir o mesmo propósito, outrora exposto. Preciso apenas amadurecer algumas ideias pra poder voltar a por em prática a missão. Carregando...

Resiliência

Este termo me foi apresentado pela primeira vez no curso de tecnologia em produtos da moda, na aula de materiais têxteis. A resiliência é uma das várias propriedades das fibras têxteis, e é definida como a capacidade que a fibra tem de voltar a seu estado anterior ao ser submetida a determinada força. Fibras que têm baixa resiliência são fibras que amassam com facilidade, como, por exemplo, o linho. O oposto ocorre com fibras de alta resiliência, como a poliamida.
Deparei-me novamente com o termo, não faz muito tempo, em um livro de autoajuda, aplicado também como conceito psicológico. O conceito, emprestado da física, tem a ver com a capacidade de uma pessoa em superar adversidades. Uma pessoa resiliente é uma pessoa que lida bem com pressões e que não se deixa abater com facilidade, já pessoas "não-resilientes" (não sei se se define assim) não tem a mesma habilidade. 
Mas diferentemente das fibras, uma pessoa pode se "tornar" resiliente, e ainda aumentar o seu grau de resiliência. Mas como? Autoajuda? Talvez. Você sendo seu próprio guia, se questionando, e convivendo com pessoas que te ajudam a entender e superar suas limitações interiores a respeito daquilo que te impede de evoluir. Então você pode se descobrir linho, mas escolher ser poliamida, talvez. Por que não? Será?
Fibras de poliéster têm boa resiliência, porém inferior à da poliamida.


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Não só de flores vive a primavera

Setembro, mês da primavera (pelo menos aqui no hemisfério sul)... Mal posso ver quase todas as marcas tentando empurrar, através de suas propagandas, a ideia de que você precisa usar estampas de flores nesta época do ano. Coleções da estação das flores, invadindo a sua caixa de entrada com aquela newsletter que você assinou pra receber novidades todo mês. É claro que essa inclinação parece ocorrer meio que inconscientemente, principalmente no caso das meninas, mas isso não quer dizer que você deve usar roupas floridas, se você não gosta. Parece bobo isso, mas se você prestar atenção quando conversa com alguém sobre estilo, roupas e afins, você acaba ouvindo um: "Nossa! Você viu aquele óculos que estão usando muito agora?! Preciso de um!". Será que precisa mesmo? Se a necessidade não existe, nós a criamos! Não só quando se trata de tendências, claro. Inventamos uma bela frase que acompanhe o nosso relato de imprescindibilidade.

Percebo que muita gente não compra algo porque gosta, porque se sente bem usando, mas porque é tendência, porque está nas revistas, na novela, nos blogs. e acaba não respeitando seu próprio estilo e suas particularidades. Não é questão de ser certo ou errado, mas mais saudável e consciente. Eu, por exemplo, achei linda a cor do esmalte da Giovanna Antonelli, o azul que ela usou na última novela, e comprei. Adoro azul! Tem a ver com o que eu gosto de usar. Alguns devem ter comprado pra não ficar de fora da tendência, outros por outro motivo. Concordo que é difícil resistir às chamadas apelativas do tipo: "O sapato que toda mulher deve ter", "As peças-coringa que toda mulher deve ter no guarda-roupa", e tantas outras, maaaaas a gente sabe que isso é propaganda, e que a função dela é promover ideias pra poder vender mais. A gente sabe que não precisa de tudo isso. Conhecendo a si mesma(o) e seus gostos você descobre seu estilo, então não precisará pular de tendência em tendência. Aprecie as cores da estação, vista-se de flor! Ou não.